sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Apaixonando pela Mulher Frankstein




Alguns pensam que Jesus pegou muito pesado com os casados quando declarou que “qualquer que olhar para uma mulher desejando-a, já cometeu adultério” (Mt5:28). Eu não concordo.

O grande problema é que Jesus sabia do perigo do fenômeno chamado “amante Frankenstein”. Vou tentar explicar melhor.

Não tem como um relacionamento estar “nas oitavas maravilhas” o tempo todo e é quando o nosso relacionamento está em baixa que o perigo do fenômeno aparece.

Vamos usar o exemplo de um homem que está passando por uma fase mais difícil no casamento: depois de um dia estressado ele sai para dar uma volta e percebe uma menina que ao passar troca um olhar e um sorriso provocante com ele, ele registra esse momento em seu coração, pois está frágil e acredita que não tem nada demais, afinal,foi apenas um sorrisinho.

No outro dia, a secretária do seu chefe veio com um vestidinho muito provocante, e ela para pra perguntar algo que ele já nem se lembra , pois não conseguiu tirar os olhos do vestido.Ele registra o vestido em sua mente, que por sinal era muito bonito mesmo.

O problema é que três dias depois, ao abrir a sua caixa de e-mail, viu que recebeu um Spam com a propaganda da Playboy daquele mês, ele nem clicou na foto, pois sabe que pode ser vírus, mas ficou encantado com os seios maravilhosos daquela atriz. E assim foi, dia após dia, com pequenas olhadas e inocentes registros montando uma mulher “perfeita” em sua mente. O que ele não sabe, ou não quer saber, é que esta mulher vai ganhar vida e se chamará mulher Frankenstein.

Quem nunca ouviu, pelo menos de forma rápida, a história do monstro Frankenstein, a história de um cientista chamado Victor que, insatisfeito com sua vida, constrói uma criatura com partes humanas e dá vida a ela. A criatura que foi denominada com o sobrenome do seu criador, Frankenstein, com o tempo percebe que era diferente de todos os homens e não tinha uma parceira à altura. O monstro exige que seu criador, Victor, crie uma companheira para ele, e quando Victor se recusa a fazer tal coisa o monstro o ameaça e o persegue até matá-lo.

É isso que acontece quando o amante ou a amante Frankenstein ganha vida, a pessoa que está do teu lado, às vezes durante anos, e que tem feito de tudo por você, não tem mais valor. Não é como a mulher perfeita de nossas mentes a mulher Frankenstein. E esse monstro que agora ganhou vida te perturba e se mistura com você, cobra para si um par perfeito.

É quando você tenta fugir e é tarde demais. O monstro vai atrás de você até matar seu casamento com uma outra mulher qualquer, que não chegava aos pés da sua, mas que você, na escuridão de sua mente, a incorporou a sua amante chamada Frankenstein.

Sei que este artigo acabou em uma tragédia, assim como a história de Frankenstein também. Por isso é que Jesus já avisa que o adultério está no coração e que tudo começa com um simples olhar.

Pr. Izaias dos Santos

SUBLIMINARES

Crianças estão trocando a Bíblia

Pr. Izaias dos Santos

Enquanto a igreja se preocupa com o avivamento, crianças de famílias evangélicas estão o trocando a Bíblia por Harry Potter, Senhor dos Anéis, Xuxa e outras iguarias do mal. Para mim, incidentes como estes só têm uma causa: pais omissos.

"Eu acreditava no que me ensinavam na escola dominical... mas, os livros de Harry Potter me mostraram que a mágica é real... e que a Bíblia nada mais é que um livro de mentiras chatas" (Ashley Daniels, 9 anos, site eucreio.com)

Daniels acha que foi enganado!!! Ele agora tem dúvidas a respeito do que lhe fora ensinado em sua comunidade religiosa. Aliás, Daniels é profundamente taxativo afirmando que a Bíblia é um livro de mentiras chatas. Verdadeiramente, um horror, não acha? Mas, o que leva uma criança a trocar a Bíblia por Harry Potter e por tantas outras figuras que emergem das profundezas do inferno? Estas questões deveriam nos incomodar...

Não é minha intenção tecer comentários sobre o bruxinho. Para tal, indico o texto Oleiro Maldito do escritor Jehozadak Pereira, o qual se tornou uma autoridade no assunto e que muito tem auxiliado às minhas pesquisas. O que pretendo é fazer com que líderes de igrejas e famílias evangélicas levem mais a sério versículos do tipo Prov. 22:6, Ef 6:4, Cl 3:21...

O desabafo de Ashley Daniells ainda emite ecos na minha mente. Na verdade, confesso que faço questão de lembrá-lo para não cair no surpreendente esquecimento que muitos pais se encontram. Não só os pais, mas a maioria dos líderes cristãos parece estar hibernada em relação à vida espiritual de seu rebanho mirim. Gostam mesmo é de movimentar seus salões de cultos com programações exóticas, cantores e pregadores ex - alguma coisa e raramente estão sensíveis à necessidade espiritual dos pequenos. Todo esse descaso, muito me faz lembrar do saudoso sacerdote Eli.

Eli viveu nos dias dos juízes de Israel - leia-se dias de gravíssima crise política e social - pois, naqueles dias, não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava mais reto (Jz 17:25). O resultado foi uma bagunça generalizada e ainda por cima, havia o perigo da invasão dos amonitas e de outras nações vizinhas. É neste contexto, que Eli se destaca pela negligência do ensino da Palavra aos filhos.

Além de sacerdote, Eli foi juiz por 40 anos. Teve dois filhos, Hofni e Finéias, que se tornaram abomináveis, roubando as carnes dos holocaustos e desprezando a oferta ao Senhor. Eles não conheciam a Deus e, moralmente, seguiram um caminho reprovável: Eles se deitavam com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação (1Sm 2:22). O pai tomava conhecimento dos pecados dos filhos através das informações do povo (1Sm 2:22-23), pelo próprio Deus (1Sm 3:11) e por meio de um profeta anônimo. Ao receber os relatos, Eli tentou confrontar Hofni e Finéias, mas era tarde demais (1Sm 2:22-25).

Pelo visto, Eli preocupou-se muito com o sacerdócio e acabou se esquecendo do lar, se tornando cúmplice dos filhos, pois pecou ao ignorar o que eles faziam. Não deu outra: a família caiu no julgamento de Deus.

Com certeza, a negligência de Eli não foi proposital. Ele não maquinou o fim de sua família. Talvez pensasse que, se dedicando ao sacerdócio, seus filhos teriam a garantia divina de uma vida cristã saudável.

Josué Yrion, em suas conferências sobre a Disney, sempre narra o fato de que seus filhos estavam se perdendo espiritualmente, enquanto se dedicava ao ministério. Ele pregava para milhares de pessoas, no mundo inteiro e percebeu que suas crianças estavam sem salvação. Talvez você esteja pensando: Que injusto da parte de Deus permitir que os filhos de um excelente pregador, de um divulgador das boas novas, continuem perdidos. Pode até parecer paradoxo, mas não é.

Em primeiro lugar, a salvação é individual. Depois, temos de ter em mente que a responsabilidade de tornar a salvação conhecida aos filhos não é de Deus. Ele a deu aos pais quer você concorde ou não: Vós pais, não provoqueis os vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor (Ef 6:4). Josué Yrion não abandonou o ministério, do contrário o intensificou dedicando horas na evangelização dos filhos. O crê no Senhor Jesus e será salvo tu e a tua casa (Atos 16:31) não garante que a geração futura irá morar no céu. Para ser salvo, a pessoa (e aqui abro um parêntese parasalientar que criança é uma pessoa) precisa confessar a Jesus e entregar sua vida a Ele. Os pequenos também precisam passar por esse processo e, quanto mais cedo fizerem essa decisão, mais bem-aventurados serão.

Talvez o problema esteja em a igreja sustentar a inviabilidade de Cristo entrar na vida das crianças, justificando ser os infantos um tanto quanto irracionais para aceitá-Lo. Conheço pessoas que se converteram aos seis, cinco, até quatro anos de idade, e que se lembram como se fosse hoje.

O ponto chave para que isso aconteça é a chamada idade da razão - quando a criança percebe a diferença entre o bem e o mal, entende que é pecadora e que precisa do Salvador. Feito isso, basta trabalhar os ensinamentos bíblicos diariamente para que permaneçam firmes na fé, como aconteceu com o jovem Timóteo (2Tim. 3:14-15).

Lembre-se que Jesus afirmou que o adulto precisa ser como criança para se salvar, tornando evidente que a infância é a fase ideal para se decidir ao lado de Cristo (Mt 18:3). A criança é humilde e aceita com facilidade a salvação que Deus oferece. Ela é sensível ao pecado e confia fielmente naquilo que os pais lhe ensinam. Enfim, a vida da criança ainda está livre de muitas complicações e problemas que muitas vezes dificultam a conversão de um adulto. Ganhando uma criança para Cristo, ganha-se uma vida inteira que poderá ser utilizada no serviço de Deus.

Para mim, permitir que uma criança troque a Bíblia por Harry Potter é, no mínimo, falta de zelo dos pais. E, em seguida, a denúncia do grande descaso de pastores e líderes com as crianças que freqüentam suas congregações.

Meus irmãos, aqueles que investem sua vida no ministério infantil entendem perfeitamente minha preocupação e, por isso, desafio-os a continuarem rompendo paradigmas e barreiras muitas vezes impostas por condições humanas. Nunca desistam!!! Afinal, vocês são raridade no Reino de Deus!

Porém, pais e líderes, que ainda não se despertaram para esta realidade, faço uso das palavras de Jesus em Mt.18:6, alertando-os que aquele que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria que pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e se precipitasse na profundeza do mar.